BOLETIM ECONÔMICO SEMANAL 24/04
RESUMO DA SEMANA 24/04
O Relatório Focus continua apontando a revisão para baixo para o IPCA de 2017 e 2018, demonstrando que cada vez mais a inflação tem recuado na visão do mercado. A novidade desta semana foi a revisão para cima do crescimento do PIB para 2017. Uma ligeira elevação, mas algo importante em termos de reversão de expectativas. Houve manutenção da expectativa em relação à Taxa Selic em 8,5% ao ano para 2017 e 2018.
Ao longo desta semana será divulgado o resultado da arrecadação e das contas públicas. Estes dados poderão indicar o caminho dos ajustes que o governo terá que fazer para cumprir seu compromisso quanto ao déficit para este ano. Espera-se uma estabilidade na arrecadação e uma incógnita quanto aos gastos.
O Caged apresentou fraco desempenho do emprego formal em março, o que reforça a expectativa de que a retomada do mercado de trabalho acontecerá lentamente ao longo deste ano de 2017. Em sintonia, a confiança da indústria apresentou estabilidade entre março e abril, diante de movimentos opostos dos índices de expectativas e de situação atual, segunda a FGV.
No âmbito internacional o destaque está na primeira leitura preliminar do PIB dos Estados Unidos, na sexta-feira, referente ao primeiro trimestre deste ano. Os indicadores coincidentes já conhecidos sugerem um crescimento mais moderado da atividade no período, o que é compatível com maior gradualismo da normalização da política monetária. No mesmo dia, será divulgado o PIB do Reino Unido, também do primeiro trimestre, e a prévia do índice de inflação ao consumidor da Área do Euro de abril, que deverá mostrar continuidade da desaceleração dos preços de energia. Além disso, merecem destaques as decisões de política monetária do Japão e da Área do Euro, ambas na quinta-feira.
A tendência das informações para esta semana mostra que as expectativas estão na espera do avanço das reformas. Há um clima misto que tende ao otimismo da aprovação das reformas com pequenas perdas em relação ao que o governo propôs inicialmente. Mas, também, há previsões que as concessões feitas para a aprovação desmontem os efeitos esperados na economia por conta destas reformas. Diante deste impasse é que seguiremos esta semana.
DESEMPENHO DOS INDICADORES
AGENDA DA SEMANA