O que esperar de março?
Em março teremos mais uma reunião do Copom (Comitê de Política Econômica do Banco Central do Brasil).
O Relatório Focus do Banco Central apontou expectativa de queda do IPCA para o final de 2018 pela quarta semana consecutiva. O IPCA de 2017 atingiu 2,95%, abaixo do limite inferior da banda estipulada para meta de inflação do ano (3,0%).
O comportamento dos preços dos alimentos e os efeitos da fraca atividade econômica explicam a baixa inflação do ano passado. Para este ano, a hipótese de alguma normalização dos preços dos alimentos, uma inflação de monitorados próxima de 6,1%, após 8% em 2017, e uma inflação de serviços de 3,5% (4,5% no
ano passado) tendem a elevar o IPCA a 3,7%, dentro de um quadro inflacionário ainda favorável.
O Copom tem dado continuidade ao processo de redução da Selic, que em fevereiro atingiu 6,75%. Em face do entendimento de que a ociosidade industrial deve ser extinta apenas em meados de 2020, ainda há espaço para redução da taxa de juros no próximo encontro. Nesse sentido, o Copom poderá promover mais um corte na taxa básica de juros, ao ritmo de 0,25 pontos percentuais, finalizando o processo de afrouxamento monetário em março no nível de 6,5%.
Após um período que poderá durar até o final de 2018, novas elevações da taxa básica de juros poderão ocorrer, ao longo de 2019. A expectativa de uma taxa de juros de 8,00% no final de 2019 pode ser mantida.