A implantação do Regime Próprio de Previdência Social pelos municípios requer eficiência no recolhimento das contribuições e na gestão desses recursos. Para assegurar isso é que é nomeado o cargo de gestor de RPPS.
Não é segredo, portanto, a alta carga de responsabilidade que cai sobre esse gestor. Além da cobrança por manter os recursos bem investidos, esse profissional está sujeito a procedimentos e regulações de governança e multas no caso de irregularidades e não cumprimento das normas.
Como, então, o gestor de RPPS pode ter mais sucesso no seu trabalho? Acompanhe conosco e veja 6 dicas para assegurar a melhor gestão no Regime Próprio de Previdência!
1. Saiba diversificar a carteira
O trabalho de um gestor de RPPS é muito similar a de um gestor de fundos de investimentos. Não é à toa, portanto, que algumas das dicas de trabalho sejam ligadas ao mercado de aplicações.
A primeira delas é saber diversificar a carteira de investimentos.
Sua carteira é composta de todos os ativos nos quais você colocou os recursos previdenciários. Mas por quê ela deve ser diversificada? Por que não escolher somente um investimento com bom histórico de rentabilidade e manter os recursos investidos nele?
A razão principal é a diluição do risco. Como bem sabemos, cada aplicação possui um risco e uma rentabilidade inerente. Já é sabido também que quanto maiores as chances de lucro, maior também será o risco.
Por isso, se você quiser aproveitar as melhores aplicações, ao mesmo tempo que garante segurança para os recursos dos servidores, deve diluir os investimentos entre opções de riscos variados.
Neste post falamos um pouco mais sobre como diversificar a carteira de investimentos. Confira!
2. Faça a certificação CGRPPS
O CGRPPS é o certificado que comprova a qualificação técnica do gestor de RPPS. Ele é importante para garantir que o profissional nomeado possui o conhecimento necessário para observar os marcos regulatórios da atividade e gerir os recursos de maneira competente.
Quem realiza a prova é a Apimec em parceria com a Fundação Getúlio Vargas. Entre os temas avaliados, podemos destacar:
- Economia e Finanças;
- Sistema Financeiro Nacional;
- Instituições e Intermediários Financeiros;
- Mercado de Capitais;
- Fundos de Investimento;
- Mercado Financeiro;
- Mercado de Derivativos;
- Gestão do Passivo Previdenciário;
- Políticas de Investimento;
- Ética e Relacionamento.
Para quem ainda não se sente seguro do domínio de todos esses assuntos, é possível realizar um curso preparatório para a prova. Você pode saber um pouco mais sobre clicando aqui!
3. Se mantenha atualizado com as notícias do mercado
Novamente, assim como um bom gestor de fundos de investimento, o gestor de RPPS precisa acompanhar as notícias e oscilações do mercado.
Qualquer aplicação está sujeita às mudanças no mercado, até mesmo investimentos simples como a caderneta de poupança.
Em tempos de taxa Selic alta, por exemplo, pode ser mais interessante manter a maior parte da carteira em aplicações de renda fixa, já que elas geralmente possuem seus rendimentos atrelados à essa taxa.
Já em períodos de Selic baixa, o mercado de renda variável (ações) volta a ser interessante para o investidor.
É importante lembrar que a economia gira em ciclos e que o que funciona hoje, pode não funcionar amanhã. Por isso, se manter atualizado e acompanhar as aplicações de perto é fundamental.
4. Utilize uma plataforma de gestão de RPPS
Fazer a gestão dos recursos não é tarefa fácil, e pode ser ainda mais difícil sem a ajuda de um sistema automatizado.
Felizmente, hoje e dia o gestor de RPPS pode contar com o auxílio de plataformas feitas especialmente para a gestão dos recursos do Regime Próprio de Previdência.
Esses sistemas automatizam todas tarefas repetitivas da gestão de RPPS, para que você, gestor, possa se preocupar em ter um papel mais estratégico e menos burocrático.
O sistema também auxilia o gestor a acompanhar o mercado, oferecendo cotações diárias da maioria dos fundos e dos Títulos Públicos Federais. Com isso, você poderá ver a rentabilidade da carteira em tempo real.
5. Saiba como montar gráficos e relatórios
Não basta fazer um bom trabalho, é preciso saber como apresentá-lo. É preciso saber como mostrar os resultados e provar que a carteira está rentável, para garantir o equilíbrio financeiro do regime.
Aqui, também, a plataforma de gestão de RPPS pode ajudar. A partir da inserção dos dados, além de visualizar a rentabilidade da carteira em tempo real, o gestor de RPPS terá acesso a todos os principais indicadores financeiros. Na plataforma Opmax, por exemplo, os gráficos são gerados de maneira automática, isentando o gestor de realizar esse trabalho manualmente.
A plataforma também poderá ser acessada de qualquer dispositivo com acesso à internet — colocando nas suas mão e em qualquer momento todos os dados necessários para executar seu trabalho com eficiência.
6. Conheça os pilares do Pró-Gestão
O Pró-Gestão é um programa de governança que visa incentivar o gestor de RPPS a seguir as melhores práticas institucionais. O objetivo é garantir maior controle internet e transparência na gestão dos recursos.
O programa se baseia em três pilares principais, sendo:
- Controles internos: controles para identificação dos riscos, garantia da transparência dos demonstrativos financeiros e certificação de que a ética e segurança dos dados estão sendo respeitadas;
- Governança corporativa: sistema de regras que fundamentam o funcionamento do RPPS;
- Educação previdenciária: políticas de educação adotadas junto aos previdenciários.
O gestor de RPPS deve formalizar a adesão ao Pró-Gestão por meio dos seus representantes legais e da Secretaria da Previdência do Ministério da Fazenda. Você pode achar mais informações sobre a inscrição clicando aqui.
Sem dúvidas, o trabalho de um gestor de RPPS possui uma alta carga de responsabilidade, mas seguindo essas dicas é possível garantir que as atividades sejam executadas dentro das regulações e com eficiência.
E você, já segue alguma dessas dicas? Tem alguma outra para acrescentar? Comente abaixo e compartilhe conosco!