Você entende os efeitos da redução da Taxa Selic?
Não é de hoje que sabemos que o Comitê de Política Monetária controla o “preço do dinheiro” na economia elevando ou diminuindo a Taxa Selic. Mas você sabe realmente como funciona este mecanismo?
Se em algum momento da sua vida, você já precisou de um empréstimo bancário pós-fixado, atrelado ao CDI, certamente você sentiu o efeito da oscilação da Selic. A explicação é simples: se o banco oferece aos aplicadores (doadores) um Certificado de Depósito Bancário – CDB, de prazo médio com taxa de 90% do CDI, ele certamente oferecerá ao tomador um empréstimo taxado em CDI+5% ou mais. Este exemplo hipotético demonstra como a instituição financeira descarrega o risco sistêmico no doador e no tomador de crédito, ficando apenas com o que chamamos de spread bancário.
Portanto, quando a Taxa Selic atinge patamares muito pequenos, espera-se que o investidor busque alternativas mais arrojadas para rentabilizar o seu patrimônio, e por sua vez, os empresários busquem linhas de crédito mais baratas para os seus projetos.
Em teoria tudo é muito simples. O que estávamos vivendo neste momento é a menor Taxa de Juro da história, seguida de uma insignificante retomada de consumo e investimento da população. Muitos economistas argumentam que cada ajuste da Taxa de Juro leva entre 6 à 8 meses para repercutir plenamente nas linhas de crédito. O fato é que a população segue preocupada com o alto índice de desemprego e evita comprometer-se financeiramente em um cenário de risco e incerteza.